quarta-feira, 2 de outubro de 2013

As desculpas esfarrapadas

Hoje o sol está muito quente!Está frio!Estou meio cansada!Tem muito vento!As abelhas vão me picar!!AHHHHHHHHHHHHHHH!! Já viu que quando a gente quer sempre arruma uma desculpa que chega a ser indecente e descabida até????Ou começa a sentir uma dor de barriga na hora de sair, ou dá um sono..sempre existe o fator bloqueio de planos, balde de água fria que me impede de sair para fazer minha caminhada.Eu chegava a ficar no banheiro sentada no vaso sanitário esperando passar aquele mal estar horrível, e pasmem, não conseguia sair feliz de casa.Eu era arrastada por mim mesma, era como se tivesse duas Taianys, uma querendo ficar, fazendo manha, birrenta e a outra puxando e dizendo, vamos, vamos, deixa de ser molenga!! Pode parecer exagero mas era bem assim no começo, uma luta diária comigo.Os dois primeiro meses foram os mais terríveis, eu moro na parte alta da cidade e tem um parque que eu demoro uns 15 minutos de caminhada para chegar até ele, descida.Então faço meus exercícios e depois de 1hr e meia eu volto, subida.Mas imagina uma subida longa e puxada, pois é, nos dois meses em que comecei para subir era parando a cada 20 passos e de língua de fora.ai como foi dureza!! Lembro que no segundo dia quando chegava em casa, era tardinha, fevereiro, calor, meus vizinhos estavam sentados na frente da casa deles tomando uma geladinha e quando eu me aproximei eles me olharam e perguntaram onde eu tinha ido de roupa de ginástica, de tênis e eu falei da minha meta, eles disseram que ia durar uns 3 dias a tal de meta. Claro que me senti muito mal outra vez, pois minha confiança, auto respeito, imagem parecia que tinham ido embora e deixado muitos quilos no lugar. entrei em casa, fui pro banho e é claro, chorei de vergonha.Eu tinha vergonha de falar que ia emagrecer, que tinha um objetivo, e o pior, vergonha da roupa de ginástica, pois estava enorme, nada ficava bem em mim e as pessoas me olhavam e deviam pensar, coitada da gorda, nem consegue caminhar, fica se arrastando. tantas coisas passavam pela minha cabeça, eu tinha preconceito comigo.Eu me depreciava, me discriminava descaradamente.Isto tinha que mudar, eu precisava mudar tudo, a coisa era mais grave do que eu imaginava.

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